domingo, 10 de julho de 2022

Dirigente petista é assassinado em discussão política no Paraná


O líder do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu, no Paraná, Marcelo Arruda, foi assassinado na madrugada deste domingo (10/7) pelo policial penal Jorge Jose da Rocha Guaranho. Inicialmente, o partido confirmou a morte do agressor por meio de nota em que afirma que Marcelo, que era guarda municipal, reagiu com a arma funcional e também havia matado o homem durante a briga. À tarde, no entanto, a família do agressor e o hospital informaram que ele está internado, estável.

De acordo com nota divulgada pelo PT, Marcelo estava celebrando o aniversário dele de 50 anos com a família na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu quando o homem, que seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o abordou no estacionamento. A festa era temática do PT e do ex-presidente Lula. Marcelo foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. 

A Polícia Civil do Paraná também informou inicialmente que os dois haviam morrido durante uma discussão. Mais tarde, a delegada Iane Cardoso atualizoua a informação durante coletiva de imprensa. A Delegacia de Homicídios está investigando o caso para saber a dinâmica do crime e as motivações.

O PT lamentou o ocorrido e disse que Marcelo foi vítima da "intolerância, do ódio e da violência política". "Desde o começo do ano, quando lançou uma Campanha Nacional contra a Violência Política, o PT vem alertando a sociedade brasileira e as autoridades dos vários Poderes da República para a escalada de perseguição a parlamentares, filiados e filiadas, militantes de movimentos sociais e de outros partidos de esquerda e o crescimento da violência política no país", diz o texto assinado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo Coordenador Nacional do Setorial de Segurança Pública do PT, Abdael Ambruster.

O texto ainda cobra das autoridades de segurança pública que tomem medidas efetivas de prevenção e combate à violência política e ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal que "coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade". 

Por Correio Braziliense 


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