A data de hoje, 24 de agosto, marca um dia trágico na história do Brasil. Nesse exato dia, há 68 anos, em meio a uma crise política, o então presidente Getúlio Vargas, aos 72 anos, cometia suicídio no Palácio do Catete - sede da Presidência na época - com um tiro no coração.
Getúlio, nascido em 19 de abril de 1882, vinha há 24 anos exercendo forte liderança na política brasileira. Desde que liderou a revolução de 1930, derrubando o então presidente Washington Luís, governou durante 15 anos consecutivos, sendo oito deles de forma ditatorial.
Depois de ser deposto em 1945, Getúlio voltou ao poder em 1951, desta vez tendo sido eleito pelo povo no ano anterior. Deveria governar até 1956, entretanto, uma crise política de alta gravidade acabou abreviando seu mandato. No dia 5 de agosto de 1954, o seu adversário Carlos Lacerda, que usava seu jornal Tribuna da Imprensa para atacar o governo, sofreu um atentado, onde morreu o Major Rubem Florentino Vaz. Lacerda responsabilizou diretamente Vargas pelo atentado.
Nesses dias, cresceu a pressão de setores militares pela renúncia do presidente. Café Filho, o vice-presidente, chegou a propor uma renúncia conjunta, o que foi recusado por Vargas, que disse que só sairia morto do Catete.
No dia 24 de agosto de 1954, pela manhã, Getúlio suicidou-se, e deixou uma carta-testamento, onde dizia que "saiu da vida para entrar na História". O enterro de Getúlio emocionou aos brasileiros. Café Filho assumiu a presidência, mas não completou o mandato, que foi completado ainda por duas pessoas: Carlos Luz e Nereu Ramos. Mesmo morto, Getúlio mostraria força política, já que nas eleições de 1955, sairia vitorioso o candidato do getulismo, Juscelino Kubitschek, tendo como vice João Goulart, que era afilhado político de Getúlio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário