segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A discrepância nas eleições para Governo e Senado em Pernambuco


O estado de Pernambuco tem o histórico de eleger senadores alinhados com governadores eleitos, tendo havido exceções apenas nos anos de 1994 - um dos dois senadores apoiados pelo eleito Miguel Arraes não foi eleito - e em 2006 - quando Jarbas Vasconcelos foi eleito senador sem fazer parte do palanque do governador eleito Eduardo Campos. 

Mas neste ano, a discrepância entre as eleições para o Governo e para o Senado foi ainda maior. Um fato curioso é que o desempenho das duas candidatas que foram para o segundo turno - Marília Arraes e Raquel Lyra - não se repetiu com seus senadores. Se houvesse segundo turno para senador, não haveria nem a presença de André de Paula - que estava com Marília - e nem de Guilherme Coelho - candidato de Raquel. 

A vitoriosa foi Teresa Leitão, que fazia parte da chapa de Danilo Cabral, que fracassou, ficando apenas em quarto lugar. O segundo colocado foi Gílson Machado, que era da chapa de Anderson Ferreira, que ficou fora do segundo turno por muito pouco, ficando em terceiro lugar. Tal coisa mostra que esse ano muitos eleitores não casaram votos de governador e senador. Houveram muitos que pela linhagem petista, votaram em Marília, mas não votaram em André, e sim, em Teresa. Vale ressaltar que muitos petistas em Pernambuco não suportam o PSB, partido de Danilo. Por outro lado, houveram muitos votos em Gílson pra senador, e ele foi mais votado que seu candidato a governador, Anderson, o que mostra que muitos votaram em Gílson, mas votaram em outro candidato.

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