terça-feira, 7 de março de 2023

A disputa no União Brasil

 

Após ter sido eleito por unanimidade presidente municipal do União Brasil em Recife, é incrível que Mendonça Filho possa ter uma eleição como essa contestada. Mas foi exatamente o que aconteceu. O deputado federal enfrenta questionamento por parte da executiva estadual do partido, que alega que e a referida eleição foi ilegal. O presidente estadual Marcos Amaral afirmou por meio de nota que "há uma decisão da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que por maioria, não reconheceu a Comissão Instituidora Municipal do Recife e nem a presidência de Mendonça Filho. Decisão essa que está pendente de publicação desde 17/02/2023. Portanto, não havia sequer legitimidade para convocação e realização da referida Convenção, mantendo-se a destituição de Mendonça Filho da presidência municipal". 

Claro que a direção municipal contesta essa nota, e informou que a Comissão Instituidora Municipal do Recife está devidamente ativa conforme certidão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) emitida na sexta-feira. 

Mas ainda não para por aí. Mendonça diz claramente que a direção estadual vem obedecendo - de forma vexatória - à direção nacional do partido, comandado por Luciano Bivar, que visa "tirar no tapetão" o comando municipal da legenda. A eleição de Mendonça contou inclusive com presença de figurões do antigo PFL-DEM (um dos antecessores do União Brasil), como o ex-senador Joel de Holanda e o ex-prefeito do Recife e ex-governador Roberto Magalhães. Mas como se diz, "o buraco é mais embaixo", já que o partido, no comando de Bivar, vem adotando até mesmo uma política de conciliação com o governo do presidente Lula (PT), indo de encontro ao histórico oposicionista e antipetista da legenda, tendo até mesmo três ministérios no governo petista. Mendonça Filho, ao contrário, sempre foi ferrenho opositor do PT, e ele disse claramente que as posições de Bivar não representam majoritariamente o partido. 

O União Brasil foi criado em 2021 após a fusão do DEM (Democratas, antigo PFL) com o PSL, partido que era comandado por Luciano Bivar. 

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