Independente de quem seja eleito no próximo domingo, o Brasil já perdeu. Isso porque neste ano de 2022 tivemos as eleições mais acirradas e baixas da história da República. Mesmo as eleições de cem anos atrás, quando Artur Bernardes derrotou Nilo Peçanha no ano de 1922, com direito até a cartas falsas com acusações graves contra um candidato, e ameaça do candidato eleito não tomar posse, passam bem longe das eleições deste ano.
Propostas para o Brasil, para tirar o país da crise, para combater a fome, o desemprego, o sucateamento da Saúde, da Educação, para tentar colocar o Brasil no seu merecido lugar entre as potências mundiais, pouco se falou. Entretanto, ouvimos mais sobre canibalismo, pedofilia, troca de fake news, casos de violência política, discussões religiosas e até denúncias de interferência no processo eleitoral. Até uma palavra nova foi inventada no dicionário: "descondenado". Nem Aurélio sonhou com essa palavra pra registrar no seu famoso Dicionário.
Independente de quem ganhe as eleições, o Brasil está dividido. União a curto prazo chega a ser uma utopia. O que perder vai querer tomar à força. O que ganhar poderá ter dificuldades pra governar - isso se conseguir assumir, também. A propósito, que Deus nos proteja de uma guerra civil, já que teve até aliado de um dos candidatos falando em "pegar em armas" caso o candidato de sua preferência seja derrotado.
Não adianta. O resultado do próximo domingo apenas vai representar a vitória pessoal de um dos candidatos - o presidente Jair Bolsonaro ou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva -, ,afinal a vitória de um deles vai representar a derrota do outro, que é apenas o que um e outro pensam. Mas apenas isso. Pois o Brasil já perdeu.
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