O presidente Jair Bolsonaro, do PL, lançou ontem sua candidatura à reeleição, quebrando duas tradições existentes desde 1998, quando a reeleição começou a ser disputada: vai disputar o segundo mandato com um outro vice - General Walter Braga Netto - e também por um outro partido: há quatro anos, Bolsonaro disputou a eleição pelo PSL e com o General Hamilton Mourão como vice. Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, disputou suas duas eleições com Marco Maciel na vice, e Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT, disputaram suas eleições e reeleições com José de Alencar e Michel Temer como vice, respectivamente.
A convenção foi marcada por um protagonismo da primeira-dama Michele Bolsonaro, que abriu o evento defendendo as pautas que ajudaram a eleger o presidente em 2018. A estratégia de utilizar a primeira-dama é uma tentativa de diminuir a rejeição do presidente junto ao eleitorado feminino, que é maioria no país e não nutre muita simpatia pelo presidente.
Durante a convenção, fez contrapontos ao ex-presidente Lula, alegando que a volta dele seria a "volta da corrupção", citando inclusive petistas que foram presos pelos sucessivos escândalos dos governos petistas. Ainda defendeu uma pauta de costumes, em mais um contraponto ao seu principal adversário, numa amostra de que ele deverá repetir essa mesma estratégia que o consagrou nas urnas há quatro anos.
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