terça-feira, 26 de abril de 2022

Coluna desta terça-feira - 26/04/2022

 

Virou uma verdadeira guerra que pode trazer consequências políticas a escolha de quem vai disputar o Senado pela Frente Popular, cujo candidato é Danilo Cabral (PSB). Pelo menos quatro nomes disputam essa escolha. O PT quer uma vaga no Senado, e tem os nomes de Carlos Veras e Teresa Leitão, que já disse que não quer ser vice. A fome do PT pelo Senado foi alvo de críticas de Eduardo da Fonte (PP), que disse que não é justa a postulação do PT, por já ter sido contemplado em 2018, com Humberto Costa, tendo sido eleito senador, e com mais quatro anos de mandato pela frente. 

André de Paula, deputado pelo PSD, é outro que disputa a escolha. Alguns petistas criticam André por conta das suas votações em favor das reformas e pelo seu histórico macielista, construído no finado PFL. Outra que quis entrar no páreo foi a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB), que lançou seu nome à contragosto do PSB, movimentação essa que desagradou o PT, seu maior aliado a nível nacional. 

O fato é que a escolha fica cada dia mais difícil, sendo que esse ano, será apenas uma cadeira do Senado em disputa por Pernambuco. E a Frente Popular, que desde 2006, contou com quase todos os partidos ao seu lado por pelo menos uma eleição, corre o risco agora de se esfacelar, a depender da escolha feita. Partidos que forem deixados de lado já ameaçam correr para outros palanques, em especial do de Marília Arraes (Solidariedade). 

Fernando Bezerra Coelho - a cadeira do senado que está em disputa esse ano está sendo ocupada atualmente por Fernando Bezerra Coelho (MDB), que foi eleito em 2014 pelo PSB, na Frente Popular, mas rompeu logo em seguida, indo para a oposição, tendo agora lançado o nome do seu filho Miguel Coelho (UB) como candidato a governador. 

Dúvida - alguns eleitores não entendem porque em um pleito, escolhemos um senador e em outro, escolhemos dois. Vamos explicar aqui em poucas palavras: são 81 senadores, sendo três por cada estado. Vamos agora falar especificamente de Pernambuco: temos três senadores aqui. O mandato do senador, diferente dos demais cargos, é de oito anos. Sendo que de quatro em quatro anos, há uma renovação nas cadeiras do senado. Numa eleição, é renovado um terço do Senado, e na outra, dois terços do Senado. Fernando Bezerra Coelho, eleito em 2014, sai do Senado no próximo ano, completando seus oito anos. Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos, eleitos em 2018, só deixarão o Senado em 2027 e serão substituídos pelos dois senadores que serão eleitos em 2026. O que for eleito neste ano substituirá Fernando Bezerra Coelho e terá mandato até 2031. 

Substitutos do senador - O que acontece caso o senador saia no meio do mandato, seja por qualquer razão, quem o substitui? Cada senador tem direito a escolher dois suplentes, e esses são os que o substituirão. O primeiro suplente é como um "vice", que assume imediatamente com a saída do senador. O segundo suplente só assume se o primeiro suplente estiver sem condição de assumir por algum motivo. O mais recente suplente a ocupar o Senado por Pernambuco foi Douglas Cintra, que era suplente do então senador Armando Monteiro Neto, que ocupou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo Dilma. Por isso, nas eleições de senador, preste bem atenção naqueles pequenos nomes que aparecem abaixo do nome dele, os nomes dos dois suplentes. 

Pergunta - Quem não for escolhido senador permanecerá na Frente Popular?

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