domingo, 30 de outubro de 2022

Importantes nomes da política pernambucana estarão sem mandato no próximo ano

 

Com o fim definitivo do pleito deste ano de 2022, sabemos quem serão nossos representantes, desde a Presidência, passando por Congresso Nacional, Governadoria e Assembleias Legislativas. E a partir de 2023, nomes conhecidos da política pernambucana estarão na "planície", sem exercer qualquer mandato eletivo. Eles, que poderiam ter eleição tranquila para deputado, arriscaram voôs mais altos para outros cargos e acabaram sendo derrotados.

Derrotado na disputa pelo Senado, André de Paula, do PSD, um dos deputados mais atuantes do estado, é um dos que estará fora do Congresso a partir de fevereiro. E como sua candidata, Marília Arraes, foi derrotada na disputa pelo governo do Estado, é improvável que ao menos ele assuma alguma secretaria no futuro governo Raquel Lyra. 


 

Dois deputados federais que foram candidatos ao Governo de Pernambuco também vão se despedir do Congresso e ficar sem mandato: Danilo Cabral, do PSB e Marília Arraes, do Solidariedade. Sebastião Oliveira, do Avante, que foi candidato a vice de Marília, e Luciana Santos, atual vice-governadora do PCdoB que tentou continuar no cargo ao lado de Danilo, também estarão fora.

Ex-prefeitos de Petrolina e Jaboatão, respectivamente, Miguel Coelho, do União Brasil e Anderson Ferreira, do PL, também já se encontram sem mandato, já que eles já renunciaram às suas Prefeituras, sem volta. Ex-ministro do Turismo, Gílson Machado Neto, também está fora, já que Bolsonaro não se reelegeu. O pai de Miguel, atual senador Fernando Bezerra Coelho, também estará sem mandato, pois está completando seus oito anos no Senado e terá que passar o bastão para a eleita Teresa Leitão. Eles ainda se juntam a pessoas como Tony Gel, Ricardo Teobaldo, Zé Queiroz, Wolney Queiroz, Raul Henry, Daniel Coelho, entre outros, que também não foram reeleitos.

 

Os erros da campanha de Marília neste 2º Turno

 

Derrotada pela segunda vez em uma candidatura majoritária, Marília Arraes, do Solidaridade, novamente perde uma disputa em segundo turno. Há dois anos, ela perdeu a Prefeitura do Recife pra João Campos, e agora, perde o governo de Pernambuco para Raquel Lyra. Com um agravante de ter levado uma virada dessa vez, depois de ter terminado o primeiro turno na liderança. 

Mas a campanha de Marília, nesta etapa decisiva, cometeu falhas que custaram a vitória. Uma delas foi uma tentativa desesperada de associar a adversária ao bolsonarismo, quando todos sabem que Raquel Lyra, embora não tenha declarado o voto para presidente, tem uma forte inclinação na esquerda, especialmente pela história política de seu pai João Lyra Neto e do seu tio Fernando Lyra. 

A estratégia de Raquel deu certo, e ela foi votada por bolsonaristas, mas também por lulistas, tanto que em Pernambuco Lula foi mais votado do que Marília, apesar dela colar sua imagem com a do ex-presidente. 

No início do segundo turno, a campanha de Marília recusou o pedido da campanha adversária para adiar a estreia da campanha, devido ao luto de Raquel pela morte do marido, Fernando Lucena, ocorrida no dia do primeiro turno das eleições. Tal atitude pegou mal e recebeu críticas até de aliados. 

O desempenho dela nos debates também foi bastante criticado, depois de não ter comparecido a nenhum debate no primeiro turno. 

O fato é que agora a deputada federal Marília Arraes precisará ver onde errou para tentar recomeçar. E quem sabe tentar outra vez.

Lula é eleito presidente; confira dos governadores eleitos de cada estado neste 2º Turno

 

Numa eleição bastante acirrada, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez, derrotando o atual mandatário Jair Bolsonaro, do PL, que se tornou o primeiro presidente não reeleito na história do Brasil desde que a emenda da reeleição foi instalada em 1996. Até o presente momento, com 98% das urnas apuradas, Lula contabilizou mais de 59 milhões de votos, contra 57 milhões dados ao atual presidente. Aos 77 anos, Lula é o presidente mais velho a ser eleito, superando a marca de Tancredo Neves, em 1985, que foi eleito com 74 anos. 

Abaixo, segue a lista dos governadores eleitos nos 12 estados onde houve segundo turno:

Pernambuco - Raquel Lyra - PSDB

Alagoas - Paulo Dantas - MDB

Amazonas - Wilson Lima  - União Brasil

Bahia - Jerônimo - PT

Espírito Santo - Renato Casagrande - PSB

Mato Grosso do Sul - Eduardo Reidel - MDB

Paraíba - João Azevedo - PSB

Rondônia - Cel. Marcos Rocha - União Brasil

Rio Grande do Sul - Eduardo Leite - PSDB

Santa Catarina - Jorginho Mello - PL

Sergipe - Fábio - PSD

São Paulo - Tarcísio Freiras - Republicanos


Raquel Lyra será a primeira mulher a governar Pernambuco, que elege uma chapa feminina pela primeira vez na história


Pernambuco acaba de conhecer sua nova governadora a partir de 1 de janeiro de 2023. Será a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, do PSDB, que superou Marília Arraes, do Solidariedade, com 58% a 41% até agora, com 93% das urnas apuradas. Raquel será a primeira mulher a governar Pernambuco, tendo como vice outra mulher, Priscila Krause, do Cidadania. O estado fez história com a eleição de três mulheres, sendo que Teresa Leitão, do PT, foi eleita senadora no último dia 2.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

2022: As piores eleições da História

 

Independente de quem seja eleito no próximo domingo, o Brasil já perdeu. Isso porque neste ano de 2022 tivemos as eleições mais acirradas e baixas da história da República. Mesmo as eleições de cem anos atrás, quando Artur Bernardes derrotou Nilo Peçanha no ano de 1922, com direito até a cartas falsas com acusações graves contra um candidato, e ameaça do candidato eleito não tomar posse, passam bem longe das eleições deste ano. 

Propostas para o Brasil, para tirar o país da crise, para combater a fome, o desemprego, o sucateamento da Saúde, da Educação, para tentar colocar o Brasil no seu merecido lugar entre as potências mundiais, pouco se falou. Entretanto, ouvimos mais sobre canibalismo, pedofilia, troca de fake news, casos de violência política, discussões religiosas e até denúncias de interferência no processo eleitoral. Até uma palavra nova foi inventada no dicionário: "descondenado". Nem Aurélio sonhou com essa palavra pra registrar no seu famoso Dicionário.

Independente de quem ganhe as eleições, o Brasil está dividido. União a curto prazo chega a ser uma utopia. O que perder vai querer tomar à força. O que ganhar poderá ter dificuldades pra governar - isso se conseguir assumir, também. A propósito, que Deus nos proteja de uma guerra civil, já que teve até aliado de um dos candidatos falando em "pegar em armas" caso o candidato de sua preferência seja derrotado.

Não adianta. O resultado do próximo domingo apenas vai representar a vitória pessoal de um dos candidatos - o presidente Jair Bolsonaro ou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva -, ,afinal a vitória de um deles vai representar a derrota do outro, que é apenas o que um e outro pensam. Mas apenas isso. Pois o Brasil já perdeu.

Eduardo Bolsonaro defende adiar 2º turno para o pai ter mais tempo de rádio e TV

 


O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos de Jair Bolsonaro (PL), defendeu nesta quinta-feira (27), o adiamento das eleições. Ele alega que precisa haver mais tempo para o pai falar nas rádios e na TV em função de supostas irregularidades nas inserções, mas até agora a campanha não apresentou provas e teve o pedido de investigação negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta (26). No mesmo dia, o presidente convocou a imprensa para dizer que vai recorrer da decisão.

“Tem um candidato que está sendo depreciado e um que está sendo favorecido. Isso está ferindo a democracia. Se fosse dado todo o direito de resposta a Jair Bolsonaro é tanto tempo que seria necessário adiar essa eleição. Se a eleição for no domingo já temos uma certeza: Jair Bolsonaro foi prejudicado e não teve direito a reparação”, afirmou Eduardo, durante entrevista ao site baiano BNews, na quinta.

A tese do adiamento, que levanta a acusação de violação das regras eleitorais por parte dos adversários, divide aliados de Bolsonaro. O presidente recebeu indicações de que não teria apoio no Centrão. A três dias do segundo turno, a mudança das eleições exigiria uma emenda constitucional, a ser proposta e aprovada no Congresso. As datas do primeiro e do segundo turno das eleições estão previstas na Constituição, no artigo 77.

 “A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente”, diz o texto.

 Integrantes do governo e da campanha bolsonarista denunciaram uma suposta fraude na veiculação da propaganda de Bolsonaro. Em entrevista, o coordenador de comunicação da campanha, Fabio Wajngarten, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disseram que rádios de todo o País teriam deixado de transmitir 154 mil inserções de rádio, que são propagandas de 30 segundos inseridas de forma aleatória na programação das emissoras.

  coligação do presidente recorreu ao TSE. Por exigência do tribunal, os advogados do PL apresentaram relatório de monitoramento com uma amostra que apontava apenas omissão de 730 inserções em oito rádios do Nordeste. Esse levantamento sobre a publicidade das campanhas usou como metodologia verificar a veiculação das inserções por meio na transmissão via streaming (na internet) das emissoras. Mas rádios não são obrigadas a veicular a propaganda eleitoral na sua versão na internet. A regra de divulgação da campanha vale para a transmissão por ondas de rádio.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, mandou arquivar a denúncia. Moraes considerou inconsistente o relatório apresentado pelo PL com as supostas provas de irregularidades e apontou “inépcia” na auditoria da empresa Audiency, contratada pela sigla. Ele determinou que seja investigado possível crime na tentativa de tumultuar as eleições.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Lula da Fonte defende o nome de Dannilo Godoy para primeiro-secretário da Alepe

 

Foto: Divulgação 


Lula da Fonte (PP), vice-presidente estadual do Progressistas em Pernambuco e deputado federal eleito, conversou com o programa Cidade em Foco, da Rede Pernambuco de Rádios, na manhã desta segunda-feira (24). Ele obteve mais de 94 mil votos. O bate-papo faz parte da série de entrevistas  com os parlamentares eleitos no último dia 2 de outubro. 


Lula defendeu o nome do deputado estadual eleito, Dannilo Godoy (PSB), para ocupar algum cargo na mesa diretora da Assembleia Legislativa (Alepe), a partir de 2023, quando iniciar a nova legislatura. “Dannilo Reúne todas as características necessárias para ocupar qualquer cargo na messa diretora. Ele é um jovem competente, vocacionado e esforçado. Sobre tudo, ele pauta a política em melhorar a vida das pessoas. Não tenho dúvida que se os seus pares o escolherem para a primeira-secretaria da Alepe, ele irá encarar essa missão com muita dedicação”, disse. 


O vice-presidente do PP ainda garantiu que, caso ele se lance candidato a primeiro secretário, contará com o apoio da sigla. 


“Não tenho dúvidas que Raquel Lyra (PSDB) será eleita governadora no próximo domingo (30) e ela conta com o apoio incondicional do Partido Progressista. A prioridade do nosso partido, agora, é mergulhar de cabeça na campanha de Raquel e elegê-la”, falou Lula ao ser perguntado sobre o futuro do PP no estado.

Blog do Alberes Xavier

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Túlio Gadêlha declara voto em Raquel Lyra

 


O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) declarou voto na candidata ao Governo do Estado Raquel Lyra (PSDB) em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta terça-feira (25). Segundo o parlamentar, ele demorou para tomar sua decisão porque queria assistir os debates para ver as propostas das postulantes. Contudo, nas suas redes sociais, Gadêlha já vinha deixando transparecer sua preferência pela tucana.

Túlio Gadêlha admitiu que a Rede Sustentabilidade está dividida. Uma parte apoia Marília Arraes (Solidariedade) e outra parte apoia Raquel Lyra. Neste fim de semana, lideranças do partido participaram de um ato de apoio com a candidata do Solidariedade. No entanto, nesta terça-feira (25), Túlio Gadêlha promove ato de apoio a Raquel Lyra, na Zona Norte do Recife. 

"Eu sei que isso (voto em Raquel) contraria parte da esquerda, mas eu preciso dizer que o meu voto é educativo. Ou a gente faz gestos de aproximação com o campo mais conservador, mas um campo democrático ou a gente nem governar o País consegue", afirmou. 

O deputado ainda ressaltou que considera Raquel Lyra competente e que "ela nunca me fez nenhum pedido errado como muitos fazem no mundo da política".  

Por Folha PE

Idosa é encontrada carbonizada ao lado da imagem ilesa de Nossa Senhora


Uma idosa de 75 anos foi encontrada carbonizada em sua residência na Zona Rural Glória do Goitá, na Mata Sul de Pernambuco. O corpo de Maria Félix do Nascimento, de 75 anos, nos fundos da residência onde havia um matagal, no local foi encontrada a imagem de Nossa Senhora com poucos danos ao lado do corpo.

Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como homicídio consumado. Na casa de Maria Félix foi bastante remexida, documentos e objetos estavam espalhados pela casa. Até o momento não se sabe o motivo do crime e o(s) autor(es). As investigações do crime estão sob responsabilidade da delegacia Glória de Goitá.

A imagem de Nossa Senhora foi encontrada ao lado da vítima, mesmo exposta ao fogo não houve danos, porém a imagem se quebrou ao retirar a santa do local. A Maria Félix coordenava a Capela de Nossa Senhora da Conceição, da Paróquia de São José de Feira Nova, a Igreja Católica emitiu uma nota de pesar e lamentou a morte dela.

O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife e passará por exames de identificação, pois não havia digitais. “Um inquérito policial foi instaurado e outras informações poderão ser repassadas em momento oportuno'', disse a corporação, no comunicado.
 
Por Diário de Pernambuco

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O raio caiu duas vezes no mesmo lugar: Náutico vê Grêmio celebrar acesso em seu estádio depois de 17 anos

 

O ditado já dizia que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Pois bem, o Náutico quebrou esse tabu. Novamente nos Aflitos, novamente diante do Grêmio. O mesmo Grêmio que em 2005 celebrou o acesso à Série A no mesmo local, em um jogo épico. A única diferença é que enquanto há 17 anos, o Náutico também lutava pelo acesso, neste ano o Náutico apenas cumpria tabela depois do rebaixamento melancólico à Série C. Dessa vez também não houve expulsão de jogadores, pênaltis e por aí vai. Foi 3x0, um deles, sendo gol contra. O final foi o mesmo de 17 anos atrás para o Grêmio: celebrar a volta à elite diante da torcida alvirrubra.

A discrepância nas eleições para Governo e Senado em Pernambuco


O estado de Pernambuco tem o histórico de eleger senadores alinhados com governadores eleitos, tendo havido exceções apenas nos anos de 1994 - um dos dois senadores apoiados pelo eleito Miguel Arraes não foi eleito - e em 2006 - quando Jarbas Vasconcelos foi eleito senador sem fazer parte do palanque do governador eleito Eduardo Campos. 

Mas neste ano, a discrepância entre as eleições para o Governo e para o Senado foi ainda maior. Um fato curioso é que o desempenho das duas candidatas que foram para o segundo turno - Marília Arraes e Raquel Lyra - não se repetiu com seus senadores. Se houvesse segundo turno para senador, não haveria nem a presença de André de Paula - que estava com Marília - e nem de Guilherme Coelho - candidato de Raquel. 

A vitoriosa foi Teresa Leitão, que fazia parte da chapa de Danilo Cabral, que fracassou, ficando apenas em quarto lugar. O segundo colocado foi Gílson Machado, que era da chapa de Anderson Ferreira, que ficou fora do segundo turno por muito pouco, ficando em terceiro lugar. Tal coisa mostra que esse ano muitos eleitores não casaram votos de governador e senador. Houveram muitos que pela linhagem petista, votaram em Marília, mas não votaram em André, e sim, em Teresa. Vale ressaltar que muitos petistas em Pernambuco não suportam o PSB, partido de Danilo. Por outro lado, houveram muitos votos em Gílson pra senador, e ele foi mais votado que seu candidato a governador, Anderson, o que mostra que muitos votaram em Gílson, mas votaram em outro candidato.

O debate entre Marília e Raquel poderia ser melhor

 

O segundo turno das eleições entre Marília Arraes, do Solidariedade, e Raquel Lyra, do PSDB, já entrou para a história de Pernambuco ao consagrar duas mulheres nas urnas, sendo que uma delas se juntará a uma outra mulher eleita senadora, Teresa Leitão, do PT. Mas o que se vê nesta etapa decisiva são poucas propostas e muitos ataques. 

Marília, que depois de liderar o primeiro turno, veio em desvantagem neste segundo turno, tem tentado colar a imagem de sua adversária ao presidente Jair Bolsonaro, do PL. Vale ressaltar que Marília declarou apoio ao Lula, do PT, enquanto Raquel não declarou apoio a nenhum dos dois candidatos. Com isso, Raquel vem conquistando apoio das mais diversas tendências, de direita, de centro e até de parte da esquerda que não concorda com Marília. 

Mas Raquel, por sua vez, tenta colar a imagem da adversária ao atual governador Paulo Câmara, do PSB. Como Paulo é aquela criança que ninguém quer adotar, resta à Marília lembrar que sempre foi contra o governador atual, enquanto Raquel votou com ele. 

O debate entre as duas candidatas pode ser de mais alto nível, e ambas têm condições para isso, de elevar o nível do debate, ao contrário do que ocorre no segundo turno nacional. Por isso, esperava-se mais do que troca de farpas.

Em evento com dezenas de lideranças políticas do Recife, Marília Arraes crava: "Só existem dois lados nesta eleição. Ou a pessoa está com Lula ou está com Bolsonaro. Eu estou com Lula. Ficar em cima do muro significa oportunismo político"

 



Foto: Leo Caldas

A última semana da campanha de Marília Arraes ao Governo de Pernambuco começou com um gigantesco ato político no comitê central da candidata, no bairro do Derby, área central do Recife, na manhã deste domingo (23). O evento contou com a presença do senador Humberto Costa (PT), de 18 vereadores da capital, vários deputados estaduais e de representantes de partidos como o PT, PSOL, PCB e REDE Sustentabilidade. Centenas de militantes também estiveram presentes e animaram o ato da coligação PERNAMBUCO NA VEIA.

Marília iniciou o seu discurso destacando a importância histórica do momento político vivido pelo Brasil e por Pernambuco. "Só existem dois lados nesta eleição. Ou a pessoa está com Lula ou com Bolsonaro. Não tem isso de ficar em cima do muro não. Não ter lado oportunismo político", dispara. 

A candidata de Lula também fez questão de agradecer o apoio dos vereadores do Recife que estiveram hoje na atividade. "Fico muito feliz em ter a confiança de tantos vereadores. Atuei na Casa José Mariano por muitos anos e sei da importância de cada um estar com a gente hoje. Nós vamos ganhar essa eleição."

Para o senador Humberto Costa, o momento é de força e união para garantir uma grande vitória no domingo para Lula e Marília. "Lula já disse que precisa de Marília. A vitória de Lula vai acontecer e a de Marília também. Pernambuco será um com Lula e Marília e outro se o monstro e a direita do Estado ganharem. Marília representa as forças populares e democráticas que sempre caminharam com Lula, Miguel Arraes e com o povo. Do outro lado está a velha oligarquia. Se ela ganhar, quem vai mandar em Pernambuco serão os Krause, os Coelho de Petrolina e Daniel Coelho, pessoas que afundaram o nosso estado no atraso e na pobreza", ressalta Humberto. 

Quem também esteve na atividade foi o ex-deputado federal Silvio Costa, primeiro suplente da senadora Teresa Leitão. "Lulista que admite votar na nossa adversária está cometendo um erro de avaliação. Raquel Lyra está tirando onda de Diana do Pastoril, mas na verdade está subestimando a inteligência das pessoas. Pelo Brasil e pela Democracia, que é o que o nosso palanque defende, vamos eleger Lula e Marília."

Representando os vereadores do Recife, discursaram no ato Samuel Salazar, líder do Governo na Câmara, e Hélio Guabiraba, Presidente em Exercício da Câmara Municipal do Recife "Vamos massificar o número 77. Marília está do lado certo da história", afirma Samuel. "Eu acredito na história de Marília. Pernambuco vai crescer com Lula na Presidência e Marília governadora", complementa Hélio.

A vereadora Dani Portela, eleita deputada estadual, também reforçou a importância de eleger Lula e Marília. "Essa é a eleição das nossas vidas. A escolha está posta. É escolher entre a democracia e a barbárie. É sobre termos direito ao futuro. Vamos trabalhar dia e noite para eleger Marília governadora e Lula presidente."

Os vereadores do Recife que estiveram presentes são: Rinaldo Júnior; Joselito Ferreira; Hélio Guabiraba; Samuel Salazar; Marco Aurélio Filho; Osmar Ricardo; Alcides Teixeira Neto; Dilson Batista; Natália de Menudo; Zé Neto; Luis Eustáquio; Chico Kiko; Aderaldo Pinto; Almir Fernando; Jairo Britto; Cida Pedrosa; Dani Portela; Fabiano Ferraz e Carlos Muniz. O vereador de Olinda, Vinicius Castello, também esteve na atividade. 

Também marcaram presença os deputados estaduais: Rodrigo Farias (eleito no último dia 2); Isaltino Nascimento; Paulo Dutra; Kátia Cunha (JUNTAS) e Wanderson Florêncio.

Representantes da REDE: Sylvia Siqueira, Roberto Leandro e Alice Gabino. Representando o PSOL: Tiago Paraíba, presidente estadual do partido, Robeyoncé Lima, co-deputada estadual suplente na Câmara dos Deputados e Eugênia Lima. Representando o PT, Sérgio Goiana, secretário-geral do partido no Estado, e Cirilo Mota, presidente municipal do PT. Representando o PCB, Roberto Arrais.
 
Blog do Alberes Xavier

Atitude de Roberto Jefferson eleva temperatura da eleição


O fato ocorrido neste domingo, envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson, do PTB, esquentou mais ainda a temperatura da campanha eleitoral. Jefferson acabou se entregando à PF depois de ter em um momento mais cedo ter recebido a PF à bala, chegando a ferir agentes. O ministro Alexandre de Moraes mandou prender o ex-deputado depois dele ter disparado ofensas contra a ministra Carmen Lúcia, referindo à ela como "bruxa" e "prostituta".

Temendo a repercussão, o presidente Jair Bolsonaro, o PL, tenta se distanciar de Jefferson, alegando não ter nem fotos com ele - o que claramente não corresponde à verdade, basta pesquisar no Google. Quem esteve ontem ao lado do deputado foi o Padre Kelmon, que foi candidato à presidente no lugar de Jefferson, depois dele ter sido impedido. Outro fator preocupante foi a solidariedade de muitas pessoas ao ex-deputado, o que mostra o que pode acontecer em caso de vitória do ex-presidente Lula, do PT: Uma invasão ao 'Capitólio', repetição desta novela em versão tupiniquim.

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Onde a Terceira Via errou

 

Já não é de hoje que os partidos de diversas tendências não alinhados nem com o presidente Jair Bolsonaro e nem com o ex-presidente Lula tentam oferecer uma alternativa viável ao povo brasileiro, com propostas e projetos - coisas que os outros dois não têm, antes se firmam pelo populismo barato. Mas pela segunda vez, a "Terceira Via" fracassou novamente, não detendo a danosa polarização que tanto mal tem causado aos brasileiros. 

Um dos erros da chamada Terceira Via foi o de não trabalhar um nome com muita antecedência. Apesar de Ciro Gomes já vir de outra candidatura na eleição passada, ele não gozava do apoio de outros partidos, em especial, MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil. Os três primeiros preferiram apoiar Simone Tebet, e o último lançou Soraya Tronicke. Enquanto Lula e Bolsonaro já estavam na boca do povo desde a eleição passada, a Terceira Via fracassou em apresentar um nome de grande popularidade, que fizesse o povo olhar com mais carinho para a via democrática. 

As inúmeras indefinições nas proximidades da campanha foi outro erro. Enquanto Ciro já se apresentava, os partidos como MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil ficaram mais perdidos que cegos em tiroteio na tentativa desesperada de escolher candidato. PSDB, que já ocupou a Presidência, chegou a anunciar João Dória, mas ele enfrentou resistências no próprio partido e acabou abdicando da candidatura, se retirando para sua carreira de empresário e publicitário. 

Um pouco antes, Sérgio Moro se apresentou como alternativa viável pelo Podemos. Mas de uma hora pra outra, Moro "pegou o beco", mudou de partido, rompeu com seu ex-padrinho Álvaro Dias, que sofreu agora uma derrota no Senado exatamente para Moro, a quem ele patrocinou na pré-campanha presidencial. O Podemos acabou apoiando Simone Tebet. 

O União Brasil, por sua vez, não seguiu os outros partidos e decidiu lançar Soraya, depois de inicialmente ter lançado Luciano Bivar. O maior de todos os erros, sem dúvida, foi a falta de união, já que todos eles - PDT, PSDB, Cidadania, Podemos, MDB e União Brasil - tinham em comum querer se contrapor ao lulismo e ao bolsonarismo. E assim, sucumbiram diante do populismo exacerbado dos dois principais candidatos. Agora, o Brasil se derrete em um segundo turno sem propostas e apenas com ataques e chuva de fake news. Que aprendam o erro de uma vez por todas para evitar repetí-lo em 2026. o Brasil não merece mais essa polarização.

domingo, 2 de outubro de 2022

Humilhado nas urnas por duas ex-socialistas, o PSB se despedirá do Palácio das Princesas depois de 16 anos

 

Foram 16 longos anos de ciclo de um mesmo partido em Pernambuco, o maior da história do estado. O Partido Socialista Brasileiro estará a partir do próximo ano fora do Palácio do Campo das Princesas após quatro eleições seguidas. O desempenho pífio da Frente Popular só não foi pior porque ao menos conseguiram eleger Teresa Leitão, do PT, senadora. Mas perder uma eleição, e ainda mais, ficando fora do segundo turno, chega a ser indigesto para o partido reinante há quase duas décadas. E ainda foram humilhados por duas ex-socialistas: Marília Arraes e Raquel Lyra, que no passado glorioso do partido, já compuseram os quadros do PSB. As duas que integravam o partido na época do auge com Eduardo Campos disputarão o segundo turno este ano depois de conseguirem "escantear" o PSB. E para as duas, parece um "troco", pois Marília foi vetada há oito anos para ser candidata a deputada federal e Raquel foi vetada pra ser candidata a prefeita de Caruaru há seis anos. Marília rompeu com o partido, mas não teve mais tempo pra se lançar candidata naquela ocasião, enquanto Raquel recebeu a notícia indigesta um pouco antes, dando tempo de buscar abrigo no PSDB e ser eleita prefeita de Caruaru. 

No seu auge, o PSB teve do seu lado quase todos os grandes partidos, teve prefeitos de todo o Estado. Eram poucos os que ousavam fazer-lhe oposição. Nem mesmo Jarbas Vasconcelos resistiu e acabou se aliando ao partido. Era o reinado de Eduardo Campos, que vinha de uma reeleição incontestável, com 82% dos votos, a ponto dele se lançar candidato a presidente em 2014. Mas Eduardo morreu tragicamente, e mesmo assim, Paulo Câmara foi eleito. Mas o desempenho de Paulo não chegava nem longe do de seu antecessor. Mesmo assim, Paulo ainda foi reeleito. 

Mas o longo tempo de um partido no poder cansa, e cansa muito. Danilo Cabral acabou sendo escolhido pra essa indigesta missão de representar o partido na disputa deste ano, depois da recusa de Geraldo Júlio. Muitos aliados de primeira hora largaram o barco que estava afundando e correram para Marília Arraes. Danilo ainda pouco falava no Paulo, já rejeitado, e tentava se agarrar à imagem de Lula. E o resultado foi a derrota de Danilo e a sua não passagem para o segundo turno. Resta saber se o PSB apoiará entre as duas ex-socialistas que se qualificaram para a segunda etapa, ou se adotará a neutralidade.

Teresa Leitão é a primeira mulher eleita senadora de Pernambuco

 

Além de Pernambuco consagrar duas mulheres na disputa pelo governo no segundo turno, outra mulher também foi eleita para um cargo majoritário, o de senadora. Teresa Leitão, do PT, vai se juntar na Casa Alta ao correligionário Humberto Costa e a Jarbas Vasconcelos, do MDB, como representante de Pernambuco no Senado. Ela substituirá Fernando Bezerra Coelho. Teresa Leitão derrotou nomes como o ex-ministro Gílson Machado Neto e o deputado federal André de Paula na disputa por uma vaga no Senado.

Marília e Raquel disputarão segundo turno e direito de ser a primeira mulher governadora de Pernambuco

 

Pernambuco agora tem duas certezas: uma é a de que se encerrará em janeiro o ciclo de 16 anos do PSB no poder, uma vez que Danilo Cabral não conseguiu lograr êxito. Outra certeza é que Pernambuco terá uma governadora mulher. Mas quem será ela ainda só saberemos no dia 30 de outubro. Marília Arraes, do Solidariedade, e Raquel Lyra, do PSDB, vão disputar o segundo turno em Pernambuco, que acontece pela segunda vez na história do estado. A candidata do Solidariedade teve aproximadamente 23% dos votos, enquanto Raquel Lyra obteve cerca de 20%.

Lula e Jair Bolsonaro disputarão o segundo turno

 

Com 99% das urnas apuradas, o certo é que teremos no Brasil um segundo turno entre o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e o atual presidente Jair Bolsonaro, do PL. Depois de começar a apuração em desvantagem, Lula alcançou até agora 56.492.923, correspondente a 48,2%. Jair Bolsonaro ficou em segundo lugar, com 50.847.305, sendo 43,4% dos votos válidos. A grande surpresa foi Simone Tebet, do MDB, que alcançou a terceira posição, com 4.898.828, correspondente a 4,2%. Ciro Gomes, do PDT, vem tendo seu pior desempenho em eleições presidenciais, ficando em quarto lugar, com 3.577.516, ficando com apenas 3%. 

Lula disputará pela quarta vez um segundo turno de eleição presidencial. Nessas etapas decisivas, perdeu para Fernando Collor e venceu José Serra e Geraldo Alckmin. Bolsonaro, por sua vez, precisa quebrar um tabu e manter outro: o tabu a ser quebrado é que desde 1989, quando a eleição presidencial passou a ter segundo turno, o candidato que saiu em segundo lugar nunca conseguiu virar o jogo na etapa decisiva. Já o tabu a ser mantido é de estar na presidência e seguir nela, uma vez que desde 1998, quando começou a haver reeleição, todos os presidentes que já estavam no cargo foram reeleitos. 

O segundo turno acontece no dia 30 de outubro.

Em pleno dia das eleições, morre Fernando Lucena, esposo de Raquel Lyra

 

Morreu em Caruaru neste domingo aos 44 anos vítima de infarto, Fernando Lucena, o marido da candidata a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, do PSDB. As informações que nos chegaram é de que ele se sentiu mal e ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Todos os nomes da política, incluindo os candidatos adversários Danilo Cabral, Marília Arraes, Anderson Ferreira e Miguel Coelho, prestaram condolências à candidata. O enterro acontecerá ainda hoje, às 17h30.

No Arruda, Santa Cruz recebe o Iguatu-CE pela estreia da Série D

  O   Santa Cruz   dá o start no principal objetivo da temporada na noite desta segunda-feira. Há mais de um mês sem atuar, o Tricolor receb...