terça-feira, 4 de outubro de 2022

Onde a Terceira Via errou

 

Já não é de hoje que os partidos de diversas tendências não alinhados nem com o presidente Jair Bolsonaro e nem com o ex-presidente Lula tentam oferecer uma alternativa viável ao povo brasileiro, com propostas e projetos - coisas que os outros dois não têm, antes se firmam pelo populismo barato. Mas pela segunda vez, a "Terceira Via" fracassou novamente, não detendo a danosa polarização que tanto mal tem causado aos brasileiros. 

Um dos erros da chamada Terceira Via foi o de não trabalhar um nome com muita antecedência. Apesar de Ciro Gomes já vir de outra candidatura na eleição passada, ele não gozava do apoio de outros partidos, em especial, MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil. Os três primeiros preferiram apoiar Simone Tebet, e o último lançou Soraya Tronicke. Enquanto Lula e Bolsonaro já estavam na boca do povo desde a eleição passada, a Terceira Via fracassou em apresentar um nome de grande popularidade, que fizesse o povo olhar com mais carinho para a via democrática. 

As inúmeras indefinições nas proximidades da campanha foi outro erro. Enquanto Ciro já se apresentava, os partidos como MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil ficaram mais perdidos que cegos em tiroteio na tentativa desesperada de escolher candidato. PSDB, que já ocupou a Presidência, chegou a anunciar João Dória, mas ele enfrentou resistências no próprio partido e acabou abdicando da candidatura, se retirando para sua carreira de empresário e publicitário. 

Um pouco antes, Sérgio Moro se apresentou como alternativa viável pelo Podemos. Mas de uma hora pra outra, Moro "pegou o beco", mudou de partido, rompeu com seu ex-padrinho Álvaro Dias, que sofreu agora uma derrota no Senado exatamente para Moro, a quem ele patrocinou na pré-campanha presidencial. O Podemos acabou apoiando Simone Tebet. 

O União Brasil, por sua vez, não seguiu os outros partidos e decidiu lançar Soraya, depois de inicialmente ter lançado Luciano Bivar. O maior de todos os erros, sem dúvida, foi a falta de união, já que todos eles - PDT, PSDB, Cidadania, Podemos, MDB e União Brasil - tinham em comum querer se contrapor ao lulismo e ao bolsonarismo. E assim, sucumbiram diante do populismo exacerbado dos dois principais candidatos. Agora, o Brasil se derrete em um segundo turno sem propostas e apenas com ataques e chuva de fake news. Que aprendam o erro de uma vez por todas para evitar repetí-lo em 2026. o Brasil não merece mais essa polarização.

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