terça-feira, 17 de agosto de 2021

Em um país com poucos estadistas, relembremos Getúlio e JK

 

Em um tempo tenebroso de ausência de estadistas (ou pelo menos, do enfraquecimento deles), cabe ao Brasil relembrar o exemplo de dois presidentes que até hoje costumam ser lembrados por suas inúmeras contribuições para o País, aqueles que lançaram as sementes do desenvolvimento do Brasil, um país essencialmente agrário: Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck. Considerados como estadistas, evidente que ambos tiveram seus erros: Vargas foi ditador por oito anos, e a política de JK acabou provocando inflação alta, porém, não poderemos jamais negar os acertos, que foram muito maiores. 

O gaúcho Getúlio Vargas, que nasceu em 19 de abril de 1882 e morreu - por decisão própria - em 24 de agosto de 1954, se candidatou a presidente em 1930, pelo grupo da oposição, porém, foi derrotado por Júlio Prestes. Mas a Revolução de 1930 que destronou o então presidente Washington Luís e seu vice Fernando de Melo Viana fez o jogo virar: Prestes foi impedido de tomar posse e Getúlio, líder da Revolução, assumiu o poder. 

A partir de Getúlio, o Brasil começou a olhar para os mais pobres, tão esquecidos pelos governos anteriores. São heranças de Vargas as leis trabalhistas, direito de voto às mulheres, etc. Vargas adotou uma política nacionalista, criando a Vale do Rio Doce e no seu segundo governo, a Petrobrás. Foi o presidente que se manteve mais tempo no poder de forma contínua na história da República brasileira: apenas seis dias entre a saída de Vargas e o dia em que completaria 15 anos completos de seu governo. 

Vargas ainda voltaria ao poder em 1951, de forma democrata. Mas uma crise política sem precedentes levou Vargas ao suicídio durante seu mandato em 1954. No ano seguinte, outra figura começaria a se destacar nacionalmente: o candidato apoiado pelos varguistas, o mineiro Juscelino Kubitscheck, nascido em 12 de setembro de 1902 e falecido em 22 de agosto de 1976. Ele foi eleito presidente em 1955, mas os membros da UDN, que faziam oposição a Vargas, tentaram impedir a posse de JK. Foi um ano muito difícil na história brasileira, tendo passado três presidentes naquela era. Mesmo assim, JK conseguiu ser empossado em 1956, iniciando uma política desenvolvimentista e de execução de obras públicas. A maior delas, sem dúvida, foi a transferência da capital: Rio de Janeiro para Brasília. 

Getúlio foi o responsável por lembrar dos mais humildes, criar leis para eles e diversos direitos, enquanto JK era visionário, e soube ser ousado na sua política desenvolvimentista para o Brasil. Nesse mês relembramos o falecimento de ambos: próximo dia 22, serão 45 anos sem JK, e dia 24, 67 anos sem Vargas. Mas o legado deles até hoje permanece. Que apareçam novos estadistas para o bem de nossa Nação. 

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