Pernambuco, estado que produz estadistas

 

Mal havíamos se recuperado do choque da perda de Marco Maciel, ocorrida em junho passado, tomamos outro choque esta semana com a partida do ex-governador Joaquim Francisco. Não se trata de santificar ninguém pelo fato da pessoa já ter morrido. Mas precisamos de uma reflexão. Neste momento que o Brasil carece de estadistas, Pernambuco tem se mostrado um grande produtor de estadistas. Digo sem medo de errar que além de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o Leão do Norte não fica atrás. Se Joaquim, por exemplo, tivesse tido mais apoio de seus próprios aliados em vida, poderia ter alçado vôos maiores.

Pernambuco, terra natal de Joaquim Nabuco, Agamenon Magalhães, Marco Maciel, Joaquim Francisco, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos, Cristóvam Buarque, e tantos outros que se destacaram Brasil afora. Miguel Arraes, vale ressaltar, também era pernambucano, mas apenas por adoção, pois tinha nascido no Ceará. Nomes à direita e à esquerda que sempre tem honrado nosso estado Brasil afora. Mas que com as recentes perdas, tem ficado mais pobre. 

Apesar de todo brilho político do nosso estado, tivemos, ao contrário de gaúchos e mineiros, apenas um presidente nascido aqui: Lula, que nem fez carreira aqui, e sim, em São Paulo. Tivemos três vices (Rosa e Silva, Estácio Coimbra e Marco Maciel), mas ainda algo muito pouco para a tradição política do nosso estado. Acredito que Pernambuco pode contribuir muito mais com o Brasil. Que surjam daqui do Leão do Norte novos estadistas que poderão um dia dar uma enorme contribuição, não só a nível de estado, como a nível de Brasil. O Brasil agradece.