A cidade de Barreiros, no litoral sul de Pernambuco, foi a única cidade do interior de Pernambuco a ter um filho da terra como vice-presidente. Estácio de Albuquerque Coimbra foi vice-presidente do Brasil entre 1922 e 1926, na gestão do mineiro Artur da Silva Bernardes. Vale ressaltar que os dois outros vice-presidentes nascidos em Pernambuco (Rosa e Silva e Marco Maciel) eram naturais do Recife.
Mas Estácio foi vice por acaso. Isso porque em 1922, o vice-presidente eleito para o período foi o maranhense Urbano Santos da Costa Araújo, que já havia sido vice-presidente entre 1914 e 1918, na gestão de Venceslau Brás. Acontece que Urbano morreu antes de ser empossado, e Estácio Coimbra foi eleito a tempo de tomar posse e ocupar sua vaga.
Estácio Coimbra nasceu em 22 de outubro de 1872, tendo sido prefeito de Barreiros entre 1895 e 1902, e governador de Pernambuco em duas ocasiões: a primeira em 1911 e a segunda, depois de deixar a vice-presidência, entre 1926 e 1930, quando foi destituído pela Revolução de 1930. Coimbra também foi deputado federal e estadual, sendo que sua trajetória assinala um fato curioso, o de que, em 1907, Estácio Coimbra acumula os mandatos de deputado federal e deputado estadual.
Estácio Coimbra foi para o exílio na Europa, ao lado de seu secretário particular Gilberto Freire, voltando em 1934, mas permanecendo fora da política. Faleceu em 9 de novembro de 1937, aos 65 anos.
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