quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Coluna desta quarta-feira - 09/02/2022

 

Foi aprovada nesta terça-feira a fusão entre DEM e PSL, e o nascimento do UNIÃO BRASIL, que já havia sido aprovado por ambos os partidos em outubro. Com a decisão, o União Brasil poderá participar das eleições 2022 como uma sigla unificada. O número do partido será 44.

Essa é mais uma mudança que o partido sofre, tendo surgido inicialmente como UDN; depois, ARENA, PDS e PFL, antes de virar o DEM. O PSL, por sua vez, foi fundado em 1994. 

Na qualidade de União Democrática Nacional (UDN) foi o partido principal adversário do PTB de Getúlio Vargas. Lançou o brigadeiro Eduardo Gomes por duas vezes como candidato a presidente, tento perdido em 1945 para Eurico Gaspar Dutra e em 1950 para Getúlio Vargas. Depois da crise política que levou ao suicídio de Vargas, em 1955 a UDN lançou Juarez Távora, que teve o apoio do então presidente Café Filho, ex-vice de Vargas que a assumiu a presidência após o suicídio. Perdeu para  Juscelino Kubitschek e tentou dar um golpe, sem sucesso. Em 1960, apoiou Jânio Quadros, que perdeu a eleição. Mas o partido entrou em rota de colisão com Jânio após ele condecorar Ernesto Che Guevara, e pouco depois, com a renúncia de Jânio, a UDN tentou impedir a posse de João Goulart, por considerá-lo um "comunista". 

Goulart foi empossado, mas em 1964, foi derrubado pelo Golpe Militar. Políticos da UDN, que apoiaram o golpe, viriam a se filiar à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido que deu sustentação ao Regime Militar. Com o fim do regime militar na década de 80, a ARENA se dissolveu em três partidos: PP, PL e PFL, este último uma dissidência que apoiou Tancredo Neves, contra o candidato dos militares. O PFL apoiou Sarney e lançou em 1989 Aureliano Chaves para presidente. No segundo turno, apoiou Fernando Collor, com quem passaria a andar até as vésperas do impeachment. Apoiou Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. 

O PFL foi um dos dois únicos partidos já existentes que jamais participou dos governos petistas, sejam de Lula ou de Dilma Rousseff (o outro foi o PSDB). Em 2007, mudou seu nome para DEMOCRATAS, ou simplesmente DEM. O partido, durante a era petista, perdeu força no cenário político e quase foi extinto, mas renasceu no governo de Michel Temer, tendo inclusive a presidência da Câmara e do Senado, algo que se repetiria no início do Governo Bolsonaro. 

O PSL, por sua vez, foi fundado por Luciano Bivar, e era um partido sem expressão até filiar Jair Bolsonaro em 2018. Bolsonaro foi eleito pelo partido, mas em 2019, Bolsonaro deixou o partido. Uma coisa que geralmente acontece quando há uma fusão de partidos é adotar o número de um deles, mas em vez de adotar o 25 (número do DEM) ou o 17 (número do PSL), preferiu adotar o 44, que já foi usado pelo extinto PRP. 

Chegou na vice-presidência - Enquanto PFL, o maior poder alcançado pelo partido foi chegar na vice-presidência, com o falecido político pernambucano Marco Maciel, entre 1995 e 2002, nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. 

Lula e Dilma  - na redemocratização, os únicos presidentes que nunca foram apoiados pelo PFL / DEM foram Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff. Apoiou Collor, Itamar, FHC e Temer. Sob Bolsonaro, o partido dizia manter independência, mas chegou a ter ministérios no Governo. 

PSL tentou antes - Antes de Bolsonaro em 2018, o PSL tentou a presidência lá em 2006, com o próprio Luciano Bivar como candidato. Teve um desempenho fraco naquela eleição, ficando na penúltima (sétima) colocação entre oito candidatos. 

Pergunta - Quem vai deixar o novo partido depois da fusão DEM - PSL?

 

 

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