sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Futebol brasileiro em decadência

 

Recentemente, escrevemos uma matéria sobre a decadência no futebol pernambucano. Mas a bem da verdade, não é só aqui na terra do frevo que vemos queda de rendimento em nossos principais clubes. O problema é a nível nacional. Algumas exceções ainda são Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo, que conseguem ainda encantar seus torcedores com um bom futebol. Mas a situação no geral é de penúria total. 

No estado de Pernambuco, não poderíamos deixar de repetir. Sport ameaçado de rebaixamento à Série B, Náutico longe da briga pelo acesso e Santa Cruz mais uma vez rebaixado à Série D. Na Bahia, os dois principais de lá também passam por apuros. Bahia luta para não ser rebaixado à Série B e Vitória luta para não ser rebaixado para a Série C. 

No Rio de Janeiro, apenas Flamengo e Fluminense, entre os quatro principais, representam o estado na elite. Vasco e Botafogo foram castigados juntos no ano passado após péssimas campanhas, com a punição de mais uma estadia na Série B, por onde passaram algumas vezes em anos passados. Na atual divisão de acesso, o Botafogo parece que vai subir, mas o Vasco dá sinais que vai comer poeira no meio do caminho. Isso se tratando de dois clubes que juntos têm seis títulos brasileiros, é mole ou quer mais?

Em São Paulo, a situação parece menos desesperadora, mas vemos Corinthians longe das antigas apresentações brilhantes do passado, Santos fazendo campanha mediana e São Paulo tentando fugir do sufoco. Sem falar da Portuguesa que não conseguiu sair da Série D. Em Minas Gerais, o já citado Galo é a única exceção, pois na mesma Série A o América mais uma vez está em apuros, e na Série B o outrora poderoso Cruzeiro não consegue nem mesmo sair da segunda metade da tabela, nem lembrando de longe aquele time que já foi campeão brasileiro quatro vezes, da Copa do Brasil seis vezes e ainda carrega duas Libertadores. 

No Rio Grande do Sul, Internacional e Grêmio não conseguem mais fazer boas apresentações. O Internacional ainda deu uma respirada, mas o Grêmio briga para não ser rebaixado pela terceira vez em sua gloriosa história. 

Vamos agora ao Paraná, o Atlhetico fazendo campanha razoável, o Coritiba depois do sexto rebaixamento, parece que está firme na briga pelo acesso á Série A, mas outra força do estado o Paraná Clube, seguiu o mesmo rumo do pernambucano Santa Cruz e desabou para a última divisão após péssima campanha. Em Goiás, vemos o Atlético sozinho carregando o estado nas costas, com Goiás tentando voltar pra elite e o Vila Nova tentando voltar para a Série B. Quanto ao Pará, o Remo tenta se firmar na Série B e o Paysandu tenta o acesso para... a Série B. 

Em Santa Catarina, a Chapecoense, que tanto encantou o Brasil na década passada, faz uma campanha ridícula, abaixo do esperado, sendo lanterna isolada da competição. Avaí tenta subir para a elite, e os outros estão nas divisões de baixo: Criciúma e Figueirense (Série C) e Joinville (Série D). O modesto Brusque representa também o estado na Série B. 

A única exceção parece ser o Ceará, que consegue fazer bonito com seus dois principais clubes na elite: Fortaleza entre os primeiros colocados brigando pela Libertadores, e o Ceará com uma campanha mais modesta, mas brigando pela Sul-Americana. 

O Brasil, definitivamente, parece não ser mais aquele mesmo que em copas passadas, encantava o mundo, como aconteceu em 1982 (foto acima), que foi considerada a seleção não-campeã com o melhor futebol praticado. O recente 7x1 tomado da Alemanha parece ter aberto pra valer uma ferida que já vinha crescendo. Ferida da qual até hoje o Brasil não consegue se recuperar. A crise da seleção pentacampeã mundial também reflete em seus clubes. E a CBF fingindo que tudo está bem...


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