Depois de governar o Brasil de 1995 a 2002, o PSDB tenta convencer o eleitorado a ser uma opção, em especial na atual polarização política entre Lula e Bolsonaro. O partido deverá ter em novembro uma prévia pra definir a escolha do candidato à Presidência. No momento, a indicação está sendo disputada por dois governadores: Eduardo Leitte, do Rio Grande do Sul, e João Dória Jr., de São Paulo.
A verdade é que o PSDB vem de cinco derrotas consecutivas em eleições presidenciais, sendo que em 2018 sequer chegou ao segundo turno. Depois de polarizar as eleições anteriores com o PT, a legenda tucana tem perdido apoio e espaço, em especial após o avanço do bolsonarismo, uma vez que a maioria dos eleitores identificados com a direita que votavam no PSDB acabaram migrando para Bolsonaro.
Agora, em um ambiente polarizado entre petismo e bolsonarismo, o PSDB tenta ressurgir das cinzas. Mas o desafio é enorme, uma vez que tanto Lula como Bolsonaro têm forte apelo popular. O partido paga por erros do passado, como por exemplo, o de ter escondido em suas disputas eleitorais o legado de Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra da legenda e que foi mandatário do Brasil entre 1995 e 2002, tendo sido eleito e reeleito em primeiro turno, único a conseguir essa façanha até hoje. Pouco se falou da estabilidade econômica e do surgimento de programas sociais, enquanto os petistas atacavam os pontos fracos. Seja Dória ou Leitte, o desafio que aguarda o vencedor das prévias é enorme.
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